Loki: Porque o personagem é um dos mais queridos da Marvel?
Para um personagem apresentado como um vilão, Loki tem uma popularidade enorme desde que apareceu pela primeira vez em Thor de 2011. Ele constantemente aparece em listas de personagens populares.
O que torna Loki tão atrativo?
A resposta mais óbvia é que ele é interpretado por Tom Hiddleston, que, sejamos honestos, é extremamente talentoso e nos convence de que nunca se pode confiar no deus da mentira. Quando os cartazes de Hiddleston como o personagem da Marvel foram inicialmente lançados, parecia que ele tinha saído logo da página dos quadrinhos. Este foi o primeiro sinal de que este personagem estava destinado a ser especial.
A química de Hiddleston com Chris Hemsworth também desempenhou um papel importante. No entanto, o carisma sem esforço e a fantasia perfeita por si só não fazem uma personagem memorável. A Marvel e os muitos criadores do seu elenco impulsionaram Loki de um vilão de um filme para um dos melhores personagens do MCU.
O próprio Hiddleston disse que cada vilão acredita ser o herói da sua história. Ao passo que Loki acredita ser o verdadeiro herói de Asgard. É isso que faz dele um vilão cheio de nuances. A introdução de Loki no MCU foi como um deus jovem e inconstante lutando pela atenção da sua família. Isso foi antes de percebermos que Loki sempre tinha se sentido como um estranho na sua casa, tudo porque Odin (Anthony Hopkins) o tinha adotado quando criança e criado Loki para acreditar que ele era asgardiano, não Jotun.
Como a maioria dos vilões da Marvel, as ações inocentes iniciais de Loki depressa se tornaram violentas. No final de Thor, Loki estava dizimando Jotunheim e tentando assassinar o seu irmão. Mas então, o personagem sacrificou-se após ser rejeitado por Odin mais uma vez, e foi de partir o coração. Dessa forma, Loki continua a partir corações uma década mais tarde.
Porque gostamos do vilão?
Ele é um antagonista com quem podemos simpatizar. O irmãozinho negligenciado que quer ser tão amado e tão poderoso como o favorito. Não admira que ele esteja motivado para arruinar o “grande dia” do seu irmão e destruir Jotunheim. Loki certamente não é inocente. Ele matou 80 pessoas mesmo antes da batalha final em Vingadores. Ainda tentou matar Thor inúmeras vezes, quer no primeiro filme, quer no segundo, quando mostrou aos Elfos Negros o caminho para o seu irmão em Thor: O Mundo Sombrio. Ele também permitiu, embora acidentalmente, o regresso de Hela (Cate Blanchett) a Asgard e ela destruiu o seu lar.
Na série do Disney+, a variante Loki admitiu ter ferido as pessoas que amava e tem sido genuinamente arrependido pelas suas ações passadas. O verdadeiro Loki também se fez passar pelo seu povo que lutava contra Hela para dar tempo aos Asgardianos para evacuar. Ele flerta com a vilania mas não é maligno. Apesar de todas as suas tentativas de matar Thor, os dois acabaram lutando lado a lado e, no final, tornaram-se novamente irmãos.
A redenção
Assim que Loki foi redimido, foi morto por Thanos em Vingadores: Guerra Infinita. E agora temos uma variante de Loki a partir de uma linha temporal alternativa agarrando-se com as suas inseguranças e falhas. A série colocou a humanidade de Loki na vanguarda e no centro. Loki tem medo, especialmente porque não pode estar 10 passos à frente da Autoridade da Variância Temporal, ou seja, lá o que mais o espera no fim dos tempos.
De repente, a vida de Loki é colocada em perspectiva, e ele lamenta. Loki vê-se confrontado com a possibilidade de ser um perdedor. Quantas pessoas se colocaram a mesma questão? Mas Loki continua lutando e fez amigos e inimigos ao longo do caminho, crescendo em caráter durante o processo.
Loki nos representa de alguma forma (não a parte de assassino, é claro). Compreendemos a luta de Loki por ser o segundo melhor, a sua incapacidade de pertencer, os seus arrependimentos, as suas inseguranças, a sua falta de ligação com outras pessoas, talvez até o seu. Queremos que ele ganhe, seja qual for o aspecto dessa vitória, porque isso também é uma vitória para nós.
